Vem como um assalto
É um sentir estranho,
Um misto de gratidão pelo que vivi
E uma quase dor por não estar junto
São incontroláveis, intrusas
Não pedem licença
Entram e pronto!
Fazem morada
Em tempo de vivenciar o novo,
Preciso aprender a lidar com elas
Talvez negociar
Quem sabe elas se rendam à Alegria?
Ou ao excesso da demanda diária?
Vou experimentando, observando
Como elas se comportam em mim
Penso que por fim, entraremos em acordo
Afinal, sou feliz em conciliar as coisas
Curioso que para elas existirem
[Quase]
sempre é necessário um cúmplice...
Um amigo, uma época, um lugar, um amor, uma irmã, um
presente
Uma flor
Melhor se soubermos que elas são
Recíprocas, sentidas no outro
Neste caso,
Passam a ter outro prisma
Algo como uma espera
Cumplicidade
Joia rara, cuidada a quatro mãos,
Ou ainda, em dois corações
São elas
As saudades...
By
Andreia Bossoes